Por Natália Lott

Fiquei muito impressionada com as imagens do caso do laboratório farmacêutico que faz testes em cachorros, mas mais ainda com a ação dos ativistas defensores dos animais (e muita gente que apoiou essa ação). Não vou entrar na discussão, que promete render muitos dias ainda, nem no mérito jurídico da coisa (o que é legal, o que é ético, o que é crime). Achei um texto antigo que explica como funcionam as pesquisas científicas e porque são dessa forma no Brasil (http://easttowestskincare.com/2012/01/09/esclarecimentos-sobre-os-testes-em-animais-realizados-pela-industria-cosmetica/). Vale a pena ler e pensar antes de sair comentando por aí, só com base nas notícias do jornal. =)

Eu sou apaixonada por cachorros (qualquer um que abane o rabo pra mim, me conquista na hora!), mas não tenho pets em casa. “Tenho” é um punhado de filhos de penas, que me visitam todos os dias no quintal (ou no telhado, ou na janela, ou dentro de casa, se a porta estiver aberta). Cuido deles todos os dias (apesar de atacarem as minhas frutas no pé): troco a água da banheira, dou frutas, pão, canjiquinha... E se não der na hora certa, eles vêm pedir, reclamando!

No entanto, sei que assim que tiver a minha casinha, a primeira coisa que vou fazer vai ser adotar um cachorro. (Claro que só depois de levar a cachorrinha do namorado, minha “filha” vira-lata de raça, que a sogra já me deu de presente assim que a gente se casar: levo o filho e a Pretinha vai de brinde. Juro que vou cobrar a promessa! rsrsrs)

Tenho um casal de amigos que são um exemplo: têm um monte de cães, gatos, pássaros, peixe adotados, de tudo quanto é jeito e tipo: de um cachorro cadeirante até um gato caolho, que são umas fofuras e vivem em harmonia! Me espelho neles quando for adotar: já sei que quero um vira-lata (com algumas restrições que a alergia impõe), mas que vai me adotar assim que me ver. (Porque é assim que acontece: não é você que adota, você é adotado).

É importante também a gente ter cuidado na hora de adotar. O ideal é procurar locais sérios como canis com veterinários responsáveis (de preferência que não comercializem animais), feiras de adoção autorizadas ou sites que postam os animais disponíveis (como esse aqui: www.facebook.com/sosanimaisjf), para garantir que o bichinho está bem e pronto para ser adotado. É claro que ao ver um bichinho na rua, não tem coração que não amoleça, mas é imprescindível nesses casos levar direto para um veterinário. É bom também ter certeza de que o bichinho não tem dono e que está sendo procurado. Redes sociais são excelentes para isso: basta postar uma foto do animal encontrado, dizer o local e a data que achou, e ver se alguém se manifesta. Tem sites (esse é muito bacana: procurasecachorro.uol.com.br) que reúnem fotos de bichinhos perdidos; não custa procurar ou postar por lá também.

Conhece a música Rock da Cachorra, do Eduardo Dusek e do Léo Jaime? (Divirta-se: http://www.youtube.com/watch?v=d7G-yh8mVPc). Acho que vale uma adaptação: troque seu próximo cachorro de raça (ou gato, ou coelho, ou ratinho, ou passarinho, mas fora da gaiola, ta?) por um vira-lata pobre. Garanto que sua vida vai ser muito mais feliz! Auuuu!

PS: Para os amigos gateiros não reclamarem, sugiro também a “História de Uma Gata” (http://www.youtube.com/watch?v=K9KQzxAuKlg), do musical Os Saltimbancos, de Chico Buarque. =^.^=