Por Regina Racco

Se há um momento no meu trabalho que corro o serio risco de ser carregada nos ombros, como um goleador em dia de decisão, esse momento acontece nas palestras masculinas quando digo ao homem que participa que ele não é e nem nunca foi o responsável pelo prazer de sua parceira.

As expressões mais comuns são sem duvida, surpresa seguida de alivio!

Ufa!

Como se pudessem a partir daquele momento tirar dos ombros um saco de cimento e coloca-lo no chão. Para muitos homens, o peso da responsabilidade de levar sua parceira ao prazer sexual é demasiado e acaba por atingi-lo também, muitos reagem com a inapetência sexual, comum quando a pratica do sexo está associada à obrigação.

Nesses casos, esses homens estão envolvidos com mulheres que sequer conhecem seu próprio mecanismo de prazer e cobram do seu parceiro leva-las a tão esperada plenitude. E não raro, não acontece, porque nada feito dessa forma funcionaria a contento.

A final, todos conhece, insatisfeita e cansada de esperar pelo prazer infinito da plena realização, ela deixa para lá seus anseios e começa a fingir, enquanto inconscientemente culpa o parceiro pela inabilidade.

Quando falo para o homem que ele não é o responsável pelo prazer de sua mulher, não estou dizendo que nesse caso ele está livre para pensar em si próprio e esquece-la. Logicamente não! Mas de posse dessa informação e livre do peso que o acompanha, esse homem se torna muito mais amigo e presente no relacionamento.
Deixou de ser o culpado pela insatisfação da mulher e tudo que fizer agora para ajuda-la tem outro sabor, o sabor da parceria e quem sabe, do desafio.

Ele está bem mais preparado para levar ate ela informações que a ajudarão na tarefa de se conhecer e se preparar para o prazer e a felicidade plenas que são direito de todos, homens e mulheres.

Pode exercitar livremente sua capacidade de sedução, É o macho, levando sua fêmea à loucura. Confesse, não é uma delicia, saber que sua mulher sucumbiu ao seu poder de conquista? Mas cuidado: Até para leva-la à loucura, você precisa ter a sensibilidade de não pressiona-la, senão, nada feito. Ela se sentirá "na obrigação" de alcançar o clímax e isso dificilmente acontecerá gerando ainda mais frustração.

Ah, do que é capaz um nobre, diante de sua dama... Principalmente se esse nobre não é coagido nem obrigado a nada e tudo faz apenas pelo desejo de ver sua dama feliz...


Somente conhecendo os seus potenciais é possível trabalha-los e amplia-los e como falo sempre aos meus alunos, prazer à dois é prazer a dois, a forma de alcançar esse prazer é que não deve nem pode ser responsabilidade de um só, trata-se de parceria, comunhão, combinar desejo, ação e colher juntos os frutos.


Assim tem sido e posso garantir, porque sempre recebo o retorno positivo de meus alunos e alunas.

Ser feliz e estar em paz consigo e com a sua parceira, esposa, mulher, princesa...

Todo homem é capaz de fazer feliz a sua dama. O que não pode e não deve é aceitar o papel de responder sozinho por esse prazer.

Parceria lembra-se? E informação. Se você sente que sua mulher tem algum problema com a sexualidade dela, oriente-a a buscar ajuda, converse, descubra seus desejos... Vale a pena. Assim a conquista da harmonia e do entendimento acontece e ambos poderão realmente ser felizes.

Por Regina Racco que é shiatsuterapeuta e trabalha com a técnica de Pompoarismo para mulheres e homens desde 1993.
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